EFLÚVIO TELÓGENO :
Eflúvio Telógeno: É a condição mais comum dentre as quedas capilares que se caracteriza pelo aumento da queda diária de fios de cabelo. Acontece devido à finalização precoce da fase anágena ( fase de crescimento dos cabelos), direcionando precocemente o início da fase de desaceleração do crescimento capilar (fase catágena) e na sequência na fase de queda do cabelo propriamente dita. (fase telógena).
Como as raízes dos cabelos seguem um padrão de ciclo de crescimento pautado nas três fases citadas acima, o eflúvio telógeno é visto como um encurtamento do ciclo dos cabelos por término precoce da fase anágena.
Em situação normal, mais de 80% dos folículos pilosos se encontram em fase anágena. Menos de 1% em fase catágena e menos de 19% em fase telógena.
Em uma situação de eflúvio telógeno, com a finalização precoce da fase anágena, o percentual de cabelos em todas as fases do ciclo dos cabelos sofre alteração. Há uma diminuição de fios na fase anágena e um aumento da porcentagem de fios nas fases catágena e telógena.
Como os fios de cabelo somente se desprendem do couro cabeludo na fase telógena, a perda maior de 19% dos fios é chamada de eflúvio telógeno.
O eflúvio telógeno poderá resultar de diversas causas, dentre elas:
- hormonais
- doenças agudas e crônicas
- stress emocional – esta é a maior causa do eflúvio telógeno
- stress físico (infecções, cirurgias).
- Perdas importantes de nutrientes através de cirurgias bariátricas ou dietas restritivas (perda de mais de 3kg ao mês).
- Distúrbios de alimentação (anorexia ou bulimia).
- Alguns tipos de medicações
- Logo após 2- 4 meses do parto.
- Parada da pílula anticoncepcional
Qual a diferença entre Eflúvio Telógeno Agudo e Crônico?
Pode ser definido como Eflúvio Telógeno Agudo se dura menos de 11 meses e Crônico se a duração for maior do que os 11 meses.
Eflúvio Telógeno Agudo:
Normalmente os quadros agudos são causados por fatores pontuais como, por exemplo, uma infecção severa ou uma preocupação passageira. Sua causa está associada a algum evento que aconteceu geralmente três meses ou mais antes do início da queda. Isso porque o período de preparo para a queda dura de dois a três meses e os fios se desprendem ao final desse ciclo. Esses eventos, ou gatilhos, convertem um percentual maior de fios para a fase de queda. Sendo assim, ao invés de termos 100-120 fios caindo diariamente, temos 200-300 fios, dependendo do paciente e da causa do eflúvio. Em geral, 70% dos casos têm o agente descoberto. Já nos 30% restantes a causa acaba por não ser definida.
Eflúvio Telógeno Crônico:
Normalmente são causados por fatores de maior duração, como algumas doenças crônicas, depressão e ansiedade, uso de certos medicamentos por longos períodos de tempo. O cabelo fica mais curto e com o “rabo de cavalo” mais fino. Se o paciente só tiver essa condição, não ficará com o cabelo ralo no couro cabeludo. Porém, seu problema pode estar associado a outras condições que causam rarefação dos fios. De qualquer forma, se perde muito volume e comprimento. O problema nem sempre tem causa definida, mas sabe-se que está associado a doenças autoimunes, dentre elas, a mais comum é a tireoidite de Hashimoto.
O paciente deve ter a convicção de dois pontos relevantes: 
– O eflúvio telógeno não deixa pacientes carecas, mesmo com assustadores volumes de queda capilar.
– É a queda mais benigna entre todas, já que caso o fator causal é descoberto e tratado corretamente, a tendência é que o paciente recupere todos os seus cabelos.
Conclusão:
Apesar disso, é importante que o paciente com queda de cabelo excessiva busque sempre ajuda de um profissional médico. O diagnóstico e tratamento direcionado ao problema que causa a queda capilar é de suma importância. Uma vez que haja o entendimento do quadro, é imprescindível que o paciente siga as orientações médicas para a solução do quadro.
Por fim, é de grande relevância ressaltar que a automedicação é sempre desaconselhada, já que poderá trazer inúmeros riscos para a saúde.
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